Domingo: dia de Pizza sem glúten e sem lactose

Estive afastada do blog essa semana organizando o chá de cozinha da minha cunhada. Foi tanta correria essa semana que nem consegui testar novas receitas, mas fiz uma receitanque já postei aqui no blog, o pão de forma sem glúten e sem lactose que fez muito sucesso no chá.

Como o chá foi no final da tarde comprei uns sanduíches da Terracota pães que tem pães redondos coloridos lindos e muito gostosos, mas com glúten e lactose. Como pelo menos eu e minha tia temos restrição alimentar e minha mãe agora faz dieta sem glúten porque leu que imagrece, fiz o pão de forma numa forma redonda e usei de recheio queijo sem lactose, tempanade de azeitona, tomate seco, queijo cottage sem lactose e alface. Foi o sanduíche que mais comeram na festa.

O mais interessante é que em uma festa com 20 pessoas além de mim e da minha tia havia mais uma amiga da minha cunhada com restrição de glúten e lactose. Parece que cada dia mais cresce o número de pessoas com restrições alimentares. Não sei se realmente hoje a quantidade de pessoas com restrição alimentar é maior ou se antigamente as pessoas não eram diagnosticadas e achavam que passar mal era normal.

Agora que o chá já passou vou ter tempo novamente de testar receitas, mas hoje ainda estou me recuperando do "trabalho" desta semana então resolvi fazer pizzinhas com massa pronta sem glúten em casa. É um coisa super rápida de fazer e que mesmo a massa sem glúten não tem diferença tão grande assim com as pizzinhas com glúten compradas no supermercado. Pizza de pizzaria simé extremamente diferente e não tem comparação. Ainda vou conseguir fazer uma receita boa de pizza tipo de pizzaria... Me aguardem...

Para a Pizzinha sem glúten e sem lactose eu usei:

Massa de mini pizza da Beladri

Muzzarela sem lactose da Blakis 

Champingnon

Alcaparras

Manjericão 

Molho de tomate

Orégano 

Azeite

Dica: na minha opinião os queijos sem lactose (com exceção do queijo coalho) ficam um pouco borrachentos sem gratinados por muito tempo. Eu faço a pizza sem e queijo e quando a massa está quase pronta eu coloco o queijo rapidinho no forno só para derreter.

Receita sem glúten e sem lactose: Bolo de milho

Adoro tudo feito de milho, pamonha, curau, sorvete de milho, espiga de milho com "manteiga" (no meu caso com creme vegetal), pipoca, polenta, tortilha de milho... A única coisa que eu nunca gostei feito a base de milho é bolo de fuba. Sempre achei muito seco e os que tinham erva doce então... Era o pior bolo que já provei.

Quando comecei a procurar receitas sem glúten de bolo, o mais comum era o bolo de fuba. Existem diversas receitas de bolo de fuba na internet que não precisaram ser adaptadas para sem glúten, a receita original já era sem glúten, o que me interessou bastante, apesar de eu achar um bolo super seco. Encontrei também umas receitas de bolo de fuba cremoso, mas sempre tinham leite condensado, queijo, leite e até creme de leite. Tinha uma receita com 8 ovos, leite condensado, creme de leite e queijo. Não sei nem como alguém conseguiria ver que é um bolo de fuba com tudo isso.

Resolvi criar minha própria receita de bolo de fuba cremoso, que acabou mais virando um bolo de milho. 

Meu marido tinha uma receita de bolo sem farinha feita com base de uma lata de milho, mas pra mim não tinha a textura de bolo. A partir da receita do meu marido criei um bolo de milho que ficou muito leve, fofinho e úmido, bem diferente dos bolos de fuba que eu já comi. 

Espero que gostem como eu gostei...

Ingredientes:

1 lata de milho drenada sem o líquido

2 ovos caipiras (de galinhas criadas soltas)

1/2 xícara de açúcar

8 colheres de sopa de fuba

1 garrafinha de 200ml de leite de coco

1 colher de sopa de fermento químico

Modo de preparo:

Bater todos os ingredientes, com exceção do fermento, por 3 minutos no liqüidificador. Colocar o fermento e pulsar o liqüidificador para misturar bem o fermento. Colocar em uma forma untada com creme vegetal e enfarinhada com alguma farinha sem glúten (eu usei o próprio fuba) e levar para assar em forno pré-aquecido a 230C por cerca de 30 minutos. Faça o teste com um palito de dente, se o bolo estiver bem assado ele sairá limpo quando espetado no bolo.

Páscoa sem glúten e sem lactose

Feliz Páscoa!!!!

Juro que não imaginei que com quase 36 anos eu iria ainda ganhar ovos de Páscoa, mas quando cheguei na minha mãe para o almoço de Páscoa minha tia e madrinha tão querida tinha comprado um ovo sem glúten e sem lactose para mim. 

Fiquei muito feliz com o presente e deixei todos em casa enciumados pois fui a única que ganhei ovo.

O almoço de hoje foi muito gostoso e cheio de opções sem glúten e sem lactose, além das opções normais para quem não tem restrição. De petiscos fiz torradinhas do pão sírio de ontem e servi com Babaganoush e um patê de soja com azeitonas da Pilão agroindustria que é muito bom.

No almoço fizemos risoto de palmito (eu tirei uma parte antes do meu irmão encher de queijo assim eu e minha tia poderíamos comer), minha mãe fez bacalhau e eu comi uma versão vegetariana da bacalhoada chamada batalhoada (é a bacalhoada sem peixe, tem batata, cebola, tomate, pimentão e muito azeite. Eu coloquei ainda alho poró).

De sobremesa minha mãe serviu bolo com sorvete e eu e minha tia comemos o sorbet de chocolate da Naturelle que eu já postei aqui no blog.

É sempre muito bom fazer almoço na casa de família assim você pode ter opções parecidas com o que todo mundo está comendo, mas sem o risco de passar mal, o que é sem dúvida a melhor coisa do mundo.

Receita sem glúten e sem lactose: pão sírio

Quando o médico pediu para excluir o glúten da minha dieta achei que o "fim". Achei que ia só comer coisas horríveis, principalmente os pães, mas até que não tenho sentido muita falta não. Encontrei boas marcas de pães no mercado e a produção de pães aqui em casa vai muito bem.

Hoje fiz um pão sírio delicioso que consegui comer frio (o que é difícil em pães sem glúten) e consegui também fazer torradinhas praticamente iguais as torradas de pão sírio de farinha de trigo. Amanhã vou fazer Homus e Babaganoush para comer com minhas torradinhas sírias. Muito bom!!!

Hoje aproveitei o pão fresquinho para fazer um Beirute. Fiz o pão de manhã e não esquentei para fazer o Beirute, mas o pão ainda estava macio e fresquinho. Não parecia sem glúten de jeito nenhum.

Ingredientes:

2 xícaras de farinha mix pan da Schar

1 xícara de farinha de arroz

1 sache com 10g de fermento biológico seco

2 colheres de sopa de açúcar

2 colher de chá de sal

2 colheres de sopa de agave ou mel

3 xícaras de água morna

2 colher de chá de vinagre de maçã 

4 colher de sopa de farinha de linhaça dourada

4 colheres de sopa de creme vegetal

Modo de preparo:

Juntar a água morna, fermento e açúcar e cobrir com plástico filme. Esperar cerca de 15 minutos para formar a esponja.

Misturar os demais ingredientes e adicionar a esponja. Bater na batedeira por cerca de 3 minutos. A massa é mole, não é possível moldar. 

Untar um tabuleiro (tipo de rocambole) com creme vegetal e enfarinhar com farinha de arroz ou outra farinha sem glúten. Colocar colheradas de massa no tabuleiro e pressionar com as mãos úmidas até formar uma roda. É necessário deixar com pelo menos um centímetro e meio de altura. O tamanho do pão pode ser variado. Depende do tamanho do círculo de massa que você fizer.

Deixe crescer no forno frio com um refratário com água fervente por cerca de uma hora. 

Assar em forno pré-aquecido a 250C por cerca de 20 minutos ou até começar a dourar.

Para fazer as torradinhas corte o pão ao meio para deixar mais fininho e asse em forno a 200C

Páscoa com chocolate ao leite sem lactose

Não é difícil achar chocolate sem lactose. Aliás é bem comum você encontrar nos supermercados chocolates sem leite. A maior parte dos chocolates amargos são isentos de leite, apesar da maioria conter glúten devido contaminação cruzada (ser processado em uma máquina que produz produtos com glúten causa contaminação cruzada que pode causar reações em celíacos), mas para o meu gosto não substituem o chocolate ao leite que eu tanto amava. 

Existe também o chocolate a base de soja que é bem gostoso e sem glúten, mas não tem exatamente o gosto que eu sinto.

Eu já tinha visto em diversas oportunidades o chocolate ao leite sem lactose alemão da marca Frankonia, mas o preço era tão absurdo que eu preferia continuar com meu chocolate a base de soja. 

A páscoa chegou e os preços de ovo comuns estavam tão caros esse ano que não senti peso na consciência de comprar o chocolate da Frankonia. Comprei o simples e o com avelã (era os únicos sabores que tinha na loja, não sei se existem outros). O simples eu achei um tanto doce demais, mas o com avelã Admito que valeu a pena cada centavo. 

Provavelmente não irei comprar com tanta frequência pois apesar de muito gosto o preço dói muito no bolso, mas de vez em quando vale a pena pra matar a vontade.

Esse chocolate é indicado apenas para pessoas com intolerância à lactose. Pessoas com alergia a proteína do leite de vaca não devem consumir esse produto pois ele é feito com leite de vaca acrescido de enzima lactase que faz a quebra da lactose.

Pão de hambúrguer sem glúten Berti Glúten Free

Uma das minhas maiores tristezas quando falaram que eu precisaria parar de comer glúten era pensar que não ia mais comer meus hambúrgueres veggies que eu amava. Testei algumas receitas de pão de hambúrguer sem lactose caseiro, mas ficaram massudos. Ainda preciso achar uma boa receita.

Mas nem tudo está perdido pois encontrei uma boa marca de pão de hambúrguer sem glúten. Na verdade ela é uma boa marca de pão em geral, mas especificamente o pão de hambúrguer e o de cachorro quente que quentinhos são perfeitos.

É possível perceber que não é um pão de farinha de trigo, mas é tão bom que não faz muita diferença.

A única coisa negativa é que tem ovos e não tem como saber se são ovos caipiras de galinha criada solta e com alimentação exclusivamente vegetal. Isso pra mim é o único problema que tenho a dizer deste produto, pois do resto são só elogios.

 

Receita sem glúten e sem lactose: hambúrguer vegetariano de cogumelos

Quando me tornei vegetariana duas coisas me faziam falta, esfirra e hambúrguer. Felizmente ambos tinham bons substitutos vegetarianos que não deixam nada a desejar, mas quando é necessário também excluir o glúten fica mais complicado.

Existem boas marcas de hambúrgueres vegetarianos no mercado, mas a maioria contém glúten. Encontrei já algumas opções sem glúten mas o gosto não substituiu o hambúrguer que eu sentia falta.

Resolvi então adaptar uma receita de hambúrguer de cogumelo com alho poró que eu amava para sem glúten. Para a minha surpresa ficou melhor que o original. Talvez essa seja a primeira vez que alguém diz que uma receita sem glúten ficou melhor que a receita original com glúten.

Servi com pão de hambúrguer sem glúten, queijo sem lactose e salada.

Ingredientes:

1 alho poró

200g de shitake

1/4 xícara de shoyo

1/4 xícara de farinha de arroz

1/4 xícara de polvilho doce

2 colheres de sopa de amaranto em flocos

2 colheres de sopa de azeite

2 colheres de sopa de salsinha

Modo de preparo:

Pique o alho poró e o shitake em pedaços bem pequeno. Refogue com o azeite e shoyo por cerca de 10 minutos no fogo baixo. Acrescente o amaranto e cozinhe por mais um minuto.

Desligue o fogo e acrescete a farinha de arroz. Pouvilho e a salsinha. Mexa bem até formar uma massa que solta do fundo da panela. Caso esteja não solte cozinhar um pouco mais em fogo baixo até soltar do fundo.

Deixe esfriar e divida a massa em 4 bolinhas. Forrar uma forma com papel manteiga e pressionar as bolinhas contra o papel manteiga para formar os hambúrgueres. Cobrir com plástico filme e levar ao freezer.

Para preparar o hambúrguer é só fritar ainda congelado em uma frigideira antiaderente com um fio de óleo, virando para fritar os dois lados.

Receita sem glúten e sem lactose: esfirra aberta

Ainda estou em fase de adaptação nas receitas sem glúten. Por enquanto o processo está um pouco lento e por isso tenho postado pouco no blog. As massas sem glúten, principalmente de pães, tem um ponto totalmente diferente das massas feitas com farinha de trigo e criar novas receitas tem sido um desafio, principalmente pois parece que todas as receitas necessitam de ovos, coisa que eu tento evitar a todo custo. 

A receita de hoje inclui ovos. Vou testar usando linhaça como substituto e depois conto o resultado.

Essa massa funciona apenas para esfirra aberta e também pode ser utilizada como massa de pizza. Você pode utilizar qualquer tipo de recheio. Como eu sou vegetariana fiz com recheio zaatar que é um tempero árabe que eu adoro.

Ingredientes:

2 xícaras de farinha de arroz

1 xícara de polvilho doce

1 colher de chá de cmc

3 ovos caipiras (que as galhinhas foram criadas soltas e alimentadas com ração vegetal)

1 envelope de fermento biológico seco

1/2 xícara de água morna

1 colher de chá de vinagre de maçã

1 colher de sopa de açúcar 

1 colher de chá de sal

1 colher de sopa de azeite

Modo de preparo:

Colocar o fermento, água e açúcar em um refratário fundo e cobrir com plástico filme. Deixar descançar por 20 minutos para formar a esponja.

Misturar todos os outros ingredientes com um colher e acrescentar a esponja. Continuar mexendo bem com a colher. A massa deve ficar um pouco mole e grudenta. 

Unte um tabuleiro de alumínio com óleo ou creme vegetal e pouvilhe farinhas de arroz.

Molhe bem as mãos e pegue um pouco de massa. Enrole nas mãos para fazer um bolinha. Ela não mantém a forma por muito tempo. Coloque no tabuleiro untado e mais uma vez umedecendo as mãos pressione a massa no tabuleiro para formar a esfirra. Pressione mais o centro para deixá-lo mais fino e deixe as bordas com pelo menos 1cm de altura.

Coloque para crescer dentro do forno desligado com um refratário cheio de água fervendo. Espere crescer por cerca de 30 minutos ou até dobrar de tamanho.

Pré-aqueça o forno e deixe assar por 15 minutos com o refratário cheio de água dentro do forno. Retire do forno e coloque o recheios volte para o forno por mais 15 minutos ou até dourar. É importante manter o tempo todo o refratário com água no forno para não ressecar a massa.

Comendo fora sem glúten e sem lactose: restaurante Rascal

O Rascal sempre foi um dos meus restaurantes prediletos. Sem muita frescura mas com um certo requinte e muito sabor esse restaurante estilo familiar oferece opções para todas dietas alimentares. Sempre adorei ir no Rascal pois a mesa de salada deles é enorme e tem legimes assados no forno a lenha que deixam qualquer vegetariano como eu babando. O popunha assado eu costumo quer um prato inteiro... É um restaurante caro, mas vale muito a pena.

Além da mesa de saladas maravilhosa eles ainda oferecem para acompanhar mesa de massas, grelhados, baby pizza ou baby calzone. Eu sempre escolhia a baby calzone ou pizza vegetariana e pedia para tirar o queijo. A pizza deles é a melhor que já comi na vida.

Hoje foi minha primeira experiencia no Rascal depois de iniciar a dieta sem glúten. Pensei que apesar de não poder comer pizza, calzone ou mesa de massas eu ainda teria a mesa de saladas maravilhosa, então não teria muitos problemas. 

Quando cheguei lá uma surpresamais que agradável... eles tem penne sem glutén na mesa de massas. Não acreditei!!! O Rascal sem dúvidas agora é o meu restaurante predileto. Eram tantas opções na mesa de saladas, que quase não consigo comer a massa sem glúten. Comi 3 pratos de comida... estou tão cheia que vou aproveitar o Domingo a tarde para tirar um cochilo. Eu gostode aproveitar o Domingo para testar novas receitas mas hoje sem cochilo depois de comer tanto não vi ter como aguentar.

Eu fui no Rascal do Itaim. Não sei se as outras unidades também tem massa sem glúten mas a mesa de saladas é praticamente a mesma.

R. Leopoldo Couto de Magalhães Junior, 831

Itaim - São Paulo - SP

outras unidades no site www.rascal.com.br

Salgadinho sem glúten e sem lactose: Ovinhos de amendoim Elma Chips

Eu pensava que era muito difícil encontrar lanchinhos sem glúten em supermercados comuns, mas depois que comecei a ler os rótulos em busca do "não contém glúten" na sessão de "porcarias" vi que até existe uma variade de salgadinhos. Bolachas doces ou salgadas são praticamente impossíveis de encontrar mas os salgadinhos são até bem comuns. Praticamente todas as batatinhas são isentas de glúten (encontrei somente a Pringles que continha glúten) e dependendo do tempero não contém lactose também. Os salgadinhos de milho também são isentos de glúten, mas alguns são produzidos em maquinas que também fazem outros produtos com glúten então ocorre contaminação cruzada. Os salgadinhos de milho que eu encontrei sem glúten seriam os Yokitos, que possuem lactose pois são sabor queijo. Outro salgadinho que encontrei sem glúten são os ovinhos de amendoim. Algumas marcas possuem sim glúten, mas a maioria delas, inclusive a Elma Chips que a mais famosa não tem. 

Os ovinhos de amendoim apesar de serem caloricos por causa do amendoim, ainda são mais saudaveis que as batatinhas pois não são fritos. Nenhum salgadinhos é saudavel, mas de vez enquando não mata ninguém...